Grego de origem, o nome surge da palavra ‘ciste', que significa cesto. Foram os frutos desta planta que o inspiraram, por crescerem como cápsulas arredondadas de vários compartimentos. Mais do que os seus frutos, são as flores de pétalas brancas e o perfume distintivo que fazem desta planta um estandarte da flora do Douro. As folhas libertam uma resina aromática, o ládano, que é frequentemente usada pela indústria da perfumaria. É esta a fragrância floral que, muitas vezes, se encontra nas notas de prova dos vinhos do Douro.
Os nossos seguidores mais atentos estarão, por esta altura, a recordar a discreta flor de pétalas brancas que sempre acompanhou os nossos contra-rótulos. Ora nem mais: Flor de Esteva! Não é pela abundância deste famoso arbusto nos terrenos da Quinta do Vallado que lhe dedicamos um lugar cativo nos nossos produtos. Antes pelo contrário, até é raro cruzarmos caminhos com esta flor quando percorremos os altos e baixos da Quinta. A Esteva é simbólica pelas suas virtudes únicas e nas quais nos revemos: perfeitamente adaptada ao terreno, ao clima e aos reveses do Douro pela sua persistência, resistência e resiliência. O seu aroma e as suas deslumbrantes pétalas brancas nunca deixam de surpreender. A Esteva não deixa ninguém indiferente - é este o impacto que procuramos dar aos nossos vinhos.
Há uma outra curiosidade que nos aproxima desta espécie: pela sua fácil adaptação e célere crescimento, a Esteva tem sido usada para impulsionar o desenvolvimento de ecossistemas em terrenos menos férteis. Ao crescer, faz crescer. É assim que nos vemos no Douro e é esta a estratégia que queremos concretizar através de iniciativas como as que promovemos com os Douro Boys.
Nem a falta de água, nem as temperaturas extremas impedem este arbusto de florescer e enriquecer a paisagem do Douro. Com pouco, muito. Em adversidade, prosperidade. Crescemos e vivemos da mesma forma, nós e a Esteva. Estranho seria se não o fosse; afinal de contas coabitamos o Vale do Douro há mais de 300 anos.